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Falar de Reinaldo, nosso irmão, nosso amigo nosso paizão levaria muito tempo para enumerar suas virtudes: a de desbravador, encorajador, honesto, humilde, conciliador, pai 
amoroso, empregador responsável e amigo, tio querido, irmão carinhoso, filho magnífico, companheiro, marido exemplar, e que em algumas vezes nestes relacionamentos foi polêmico, mas, no entanto, sempre foi nosso esteio.

 

Reinaldo Alioti, filho de Alfredo Alliotti e Verônica Victória Alliotti, nasceu em Ribeirão Preto, no dia 8 de maio de 1.944. Casou-se com Arlete Aparecida Bernucci em 10 de maio de 1969. Pai de Renata, Marcelo e André.

 

Desde cedo iniciou sua jornada de conquistas, pois, aos 14 anos de idade conseguiu seu primeiro emprego no Frigorífico Morandi a convite de Sr. Estanislau Olwsanski, começando como “office-boy”. Pai Alfredo e mãe Verônica, de origem humilde, porém, exigentes na formação moral e educacional orientaram para a continuidade de seus estudos no curso noturno no Colégio Estadual Otoniel Mota, onde completou o curso ginasial.

 

Pela sua formação, pelo bom caráter, por ser íntegro e batalhador, logo conseguiu promoção no Frigorífico Morandi, agora sob a administração dos irmãos Marchesi tendo como gerente o Sr. Aldo Pedreschi, passando para controlador de carga, encarregado do setor de carga e gerente do escritório.

 

Enquanto trabalhava durante o  dia, continuava seus estudos no período noturno e formou-se em Técnico em Química Industrial, pela Escola Técnica Oscar de Moura Lacerda.

 

Em 1.966, Sr. Aldo Pedreschi, diretor da Usina Albertina, que conhecia a qualidade, empenho e retidão  de Reinaldo, convidou-o para um novo desafio: colocar em prática seus conhecimentos de Técnico em Química, nomeando-o responsável pelo laboratório da unidade. Os desafios foram grandes, porém, vencidos com humildade e com seu jeito simples foi conquistando a simpatia de seus comandados.

 

No ano de 1973, após breve passagem pela Usina Monte Alegre de Piracicaba, Reinaldo retorna à Usina Albertina, novamente a convite do Sr. Aldo, agora como gerente industrial, onde executa projeto de toda área de pré-fabricação de açúcar, além de implantar o controle de tratamento de água, para reaproveitamento. Este foi um dos primeiros do país (já pensava na economia da água)

 

Em 15 dezembro de 1976, Reinaldo passou a trabalhar na Açucareira Bortolo Carolo, em Pontal, a convite de Laerte Carolo, que além de patrão se tornou um grande amigo e juntos desenvolveram um grande parque industrial na área. Neste local, Reinaldo, também pensando em reaproveitamento de energia, desenvolve e executa projeto para produção de energia elétrica, aproveitando o vapor, produzido pelas caldeiras da Usina pela queima do bagaço de cana,  o que a tornou independente do fornecimento da hidroelétrica, em períodos da safra.

 

Esta amizade tornou-se mais sólida quando Leonardo, filho de Laerte, foi seqüestrado em 1.979, Reinaldo se propôs em ser o intermediário para entregar o dinheiro e recuperar o menino, tendo se arriscado sozinho, em lugar ermo, durante a noite, atendendo as exigências do seqüestrador.

 

Sendo uma pessoa que não tinha preconceitos, sabendo analisar todas as ideias e pensamentos sem partir de ideias iniciais pré-concebidas, que tentava buscar  a verdade dos fatos, livre de vícios  e paixões rasteiras, sabia ser humilde sem ser servil, sendo, portanto, considerado  livre e de bons costumes.

 

Assim, paralelo à sua vida profissional Reinaldo foi iniciado na Maçonaria em 30 de setembro de 1.978 pela LOJA MAÇONICA UNIÃO E TRABALHO DE VIRADOURO, sendo elevado ao Gr.. 2 em 31 de agosto de 1979 e exaltado em 14 de novembro de 1.980, permanecendo nesta Loja até 21 de novembro de 1.986. Junto com mais 10 IIRR.’. fundaram  a Loja de Perfeição “Operários da União” em 10 de fevereiro de 1983 e em 29 de maio de 1.990 participou da fundação do Sublime Capítulo de Cavalheiros Rosa Cruz “União e Trabalho”, ao Vale de Viradouro. Elevado aos graus sucessivamente, tendo sido diplomado no grau 33 em 12 de julho de 1.992, com a patente 33.310/2.

 

Participou da fundação e membro da Loja simbólica Constantino Piffer, Oriente de Pontal, sendo eleito Deputado por esta Loja.

 

Passa a frequentar a Loja Simbólica XV de Novembro II a partir de 03 de março de 1993, onde ocupa vários cargos: V. M 1.995/1.996, reeleito para 1.996/1997; Orador 1.997/1.998; reeleito Orador 1.998/1.999; Orador Adjunto 2.004/2.005; Eleito para Deputado da Assembleia para 2.001/2.004 e reeleito para 2.004/2.006 – mantendo dedicação exclusiva a esta Loja, até o final de sua vida.

 

Voltando a sua biografia no mundo profano, no ano de 1983 deixa a Açucareira Bortolo Carolo para lançar-se a um novo desafio: inicia junto com Mauro Eponchiado e Paulo Lorenzato  a formação da Equipalcool, indústria de equipamentos pesados. Iniciaram a parceria que se estendeu ao longo dos anos.

 

Em 1985 Mauro e Lorenzato se desligam da empresa para se dedicarem exclusivamente à Smar e, nesse período, 2 novas pessoas foram convidadas pelo Reinaldo para integrarem a equipe da empresa.

 

Com o alto conhecimento tecnológico e extrema dedicação ao ramo sucroalcooleiro,  Reinaldo acumulou conquistas, onde prestava assessoria técnica e implantação de unidades industriais em vários estados brasileiros e também na América Central.

 

Desenvolveu tecnologia e no meio sucroalcooleiro inovou o lavador de gases de caldeiras, que elimina fuligens e é usado atualmente por dezenas de usinas, em razão de sua comprovada eficiência. De mesma aceitação, foram os alimentadores dosadores rotativos, com acoplamento flexível tipo 8F para alimentador dosador mecânico ARB-15 de ligação entre rotor acionador e moto-redutor, o clarificador de caldo, composto de agitadores e raspadores, caixas de lodo e caldo claro, e tecnologias no tratamento de caldo.

 

Estava á frente de um projeto em parceria com a sul-africana Tongaat Hullet Sugar, em sistema conhecido como white sugar mill – WSM que revolucionaria a forma de produzir açúcar refinado no Brasil e no mundo.

 

Por toda essa capacidade empreendedora e tecnológica resulta em ser agraciado pelo prêmio MasterCana, o principal do setor.

 

Seu trabalho não era somente na Indústria, dedicava-se também às obras sociais, tendo participado intensamente da Creche Sociedade Beneficente 25 de Dezembro, em Ribeirão Preto como sócio contribuinte, onde exerceu o cargo  de Vice Presidente, assim como também o de Presidente, desde o ano de 1.995, até o dia de sua morte. Também foi colaborador do Asilo de Sertãozinho.

 

Reinaldo sempre estava disposto a dar sua colaboração à população carente, tanto que para nossa surpresa, várias pessoas necessitadas, que desconheciam o seu falecimento, ligaram para sua casa em busca da cesta básica, fato este, desconhecido pelos mais próximos.

 

Após seu falecimento também foi descoberto que Reinaldo sempre estava disponível para socorrer a amigos e funcionários, das mais variadas formas, sem nunca esperar receber nada em troca.

 

Era uma pessoa totalmente desprendida de bens materiais, ficava feliz com a felicidade dos outros. Dedicava-se de coração à Igualdade,  Solidariedade, Fraternidade.

 

Em razão do reconhecimento do trabalho desenvolvido por Reinaldo, foi agraciado com o Título de Cidadão Sertanezino, em 21/11/2003.

 

Nem tudo são alegria e prazer em sua vida terrena. Ultimamente, por várias vezes, Reinaldo  me  confidenciou que seu  maior sonho era se dedicar somente  a  Esposa, seus filhos e netos, mas a vida lhe pregou uma peça, levando-o mais cedo do que se esperava.

 

Um dos maiores legados deixados pelo Reinaldo foi o espírito de luta, de solidariedade, desbravador, encorajador, honestidade, que seus filhos absorveram e foram à luta e, estão também atuando no setor especializado sucroalcooleiro.

 

Permitam-me, neste momento, transcrever o que Marcelo Alioti disse após a reviravolta: “Com sua morte, apesar das perdas que sofremos, estamos seguindo em frente. Unindo o que aprendemos com o Reinaldo Alioti profissional e o Reinaldo Alioti pessoa, vamos dar prosseguimento ao trabalho. Meu pai nos deixou de herança ótimos relacionamentos e um sobrenome respeitável. As portas estão se abrindo e o mercado pode ter certeza de que mesmo sem a presença física de meu pai, nós vamos levar adiante toda a sua firmeza moral, sua honestidade, sua coerência nos atos. Afinal, tivemos um grande professor”.

 

A você Arlete, Reinaldo dizia que sua única rival, no bom sentido, era a Maçonaria, em razão de suas saídas para as sessões. Hoje podemos dizer que a Maçonaria não é sua rival e sim sua aliada, pois, constituímos uma família e pela família lutaremos até o fim.

 

Reinaldo jamais abandonou quem quer que fosse, promovendo sempre a paz entre nós, dentro de seu jeitão único de ser. Procurava sempre promover a alegria e a união entre todos, exemplo este que devemos seguir.

 

Ele não tinha espaços para desavenças, preconceitos, rancores e acima de tudo sabia manter um diálogo franco e aberto com troca de conhecimentos. Não praticava o mal, procurava sempre fazer o bem aos seus semelhantes. Deu exemplos que estão se frutificando.

 

Para nós sempre foi um orgulho participar e aproveitar de sua lição de vida. É um orgulho ser irmão de uma pessoa tão querida e amada no nosso meio, como podemos notar pela presença de tantos amigos e companheiros que desfrutaram de sua amizade e que em nome de nossa família Alioti externo meus sinceros agradecimentos pela homenagem aqui realizada.

 

Reinaldo sempre nos surpreendeu trazendo alegrias, porém, desta vez pregou-nos uma peça, onde dormindo partiu para o sono eterno em 31 de janeiro de 2.005.

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